11/05/2015

A necessidade do meu eu lírico
É de dor para poesia
Sofrimento embelezado pelo verso
De quem busca companhia
Pois meu eu sem ser poeta
Não é nunca bastante
Se perde no vazio
De quem vive sem amante

01/05/2015

Surreal

Sob meus orgulhosos pés,
Em vez de crescer, fiz o invés,
Desci degraus,
Pensamentos maus,
Me fizeram desistir,
Soube que ao vir,
Deixei cair,
Algo chamado coração.
Cansado demais pra voltar,
Imerso em desatenção,
Fui obrigado a retornar.
Olhei pra meu interior,
"Onde está o amor?",
Flagelado vazio perpétuo,
Antítese, não é inócuo,
Faz alusão à melancolia,
O ímpeto, aquieto-o,
Nada é real, nada o que toco,
Disso bem sabia,
Mas perdi o foco.

O surreal,
Transformou-se em rotineiro,
Anormal,
Ser costumeiro.
Tua vinda é sinestesia.
Som, aroma, luz, melodia,
Mas toda a sinergia,
Dos meus pensamentos falharam.
Alertaram,
Que não poderia entender,
Que sou um mentecapto,
Mas como posso perder,
Se a sofrer não estou apto?

Apenas dance

Levante, tome um banho,
Saia do seu ninho macio,
E respire vida.

Sentimento estranho,
Em um dia de frio,
Essa história repetida.

Pense nas músicas mortais,
Que são sua felicidade,
E tem ritmo alucinante.

Pra você tudo é demais,
Vamos sacudir essa cidade,
Nada é como antes.

Chegue, abra a porta,
Mas não se sente, querida,
Pode levantar.

E nessa noite meio torta,
Minha mão está estendida,
Então vamos dançar.