02/04/2015

A ilusão é agridoce

-LUCAS, ENTRA NO CHAT AGORA!
-O QUE ACONTECEU?
-Nuns cinco minutos de inspiração fiz um texto, tem como adaptar pra um poema?
-Tem sim...

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Agridoce, ambígua ilusão, 
Proporciona seu teatro, conto de fada, princesa com ambição, 
Até que estoure a bolha de sabão, 
Vem à ruína o mundo de fachada.

Você observa as coisas lá fora, 
Anseia sair, explorar cada pedaço do mundo, 
Seu coração dói, quase chora, 
Mas você quer caminhar, até se cansar.

Nos seus devaneios, corre até de manhã, 
Dos melhores lugares, faz uma lista, 
Conhece Paris, Bangladesh, Amsterdã, 
E no final do dia volta à Paulista.

Prova uma nova comida, 
Aquela sensação forte, como se houvesse suspirado, 
Como se vivesse outra vida, 
Mas com o mesmo sorriso envergonhado.

Vê a água tocar os pés, a brisa tocar o rosto, 
Os cartões postais, milhões de selos, 
Escolhe as pedrinhas, a areia não faz mais seu gosto, 
Deixa o vento dançar pelos seus longos cabelos.

“Peguei as nuvens com meus dedos, 
Acariciei uma estrela, a noite foi inofensiva, 
Dormi leve, me esqueci dos meus medos, 
Quis tudo isso, e me senti viva”.
  
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-E ai, o que achou, Jasmin?
-Digno do seu blog.

Poema inspirado e formatado por Julia Tres.

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