30/03/2014

Esperança sendo devaneio ateu

Sua voz, minha calmaria,
Seu jeito, o sol no dia,
Mas quando você se foi meu pensamento fez curvas,
Deixando irreparáveis imagens mais turvas.

Se o pranto, no entanto vier como um canto,
O espanto que tanto parecerá ao encanto,
Satisfará a sombra mergulhada ao nanquim,
Sendo terrível, terrível à mim.

Pertencem a ti a beleza e a tristeza,
Tenha certeza, nobre princesa,
Pois contigo a felicidade era incontável como os grãos de areia,
Mas sem ti, o que era belo se tornava a coisa mais feia.

Esquecer seus olhos vidrados nos meus,
Fazer das esperanças, devaneios ateus,
Sem outro propósito, a vida simplesmente se destina,
A esquecer a voz, o jeito e a beleza daquela menina.

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